quinta-feira, 31 de março de 2011

Por quê?

Por que saudade?
Por que não simplesmente falta?
Por que falta? Por que o vazio? Por que o espaço?
Por que essas horas esperando pra te ver?
Seria tão mais fácil te imaginar e você aparecer com esse sorriso.
Tento me contetar com a mera lembrança dele.
Por que esse tempo?
Vivendo nessa dúvida se amanhã você vai trocar um abraço por meias palavras.
Meias palavras que vão me cortar inteira.
E que, ao me cortar inteira, vão me fazer em pó.
Por que sem você?

domingo, 27 de março de 2011

Meu livro

Mesmo com a felicidade me atravessando
Essa solidão me bate e arrebata.
Ainda que me encontre bem,
Os fins dos meus capítulos nunca me agradam muito
E frequentemente tenho pensado neles.

Que eu tenha vários fins de capítulos pravos.
Que eu tenha vários fins de capítulos frustrados.
Que eu tenha.
Mas que no último verso, do último capítulo, a palavra "nós" esteja intacta.

terça-feira, 22 de março de 2011

Esse teu jeito.

Odeio esse teu jeito de sempre esconder a metade do dia.
Odeio esse teu jeito de sempre escapar.
Odeio esse teu jeito de me dizer tchau.
Mas esse teu jeito de me olhar me faz esquecer de qualquer motivo que eu tenha pra te odiar.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Clássico caso de paradoxo.

Rodeada de gente mas ainda assim, sem ninguém.
É quando eu tenho o que eu quero, mas não o que preciso.
Eu não acho que as pessoas sempre vão embora.
As pessoas sempre mudam,
E então eu vou embora.
Da mesma forma que você tá indo agora.